Metroid Prime 3: Corruption - Escaneamento completo

Samus Aran está de volta, com novas armas a seu dispor
Metroid Prime foi, ao lado de Metroid Fusion, a marca do retorno de Samus Aran depois de 8 anos. Por diversas razões, Prime se destacou mais do que Fusion, não só por se tratar de ser o primeiro Metroid em 3D, mas também por questão de jogabilidade (talvez seu ponto mais excepcional). O sucesso de Prime foi tremendo, que este lançou uma ousada continuação: Echoes que, ao repetir e inovar a fórmula de seu antecessor, também se mostrou uma ótima adição à franquia.

Com os anos, foi-se anunciado o sucessor do Game Cube: o inovador Nintendo Wii. Existiam centenas de possibilidades a cerca dos controles. O primeiro a realmente mostrar os controles de forma satisfatória, em um jogo sério, foi The Legend of Zelda: Twilight Princess, ou melhor, seu "port" para o Nintendo Wii. No ano seguinte, 2007, viria Metroid Prime 3.

A pergunta: seria este tão bom quanto seus sucessores, ou este falharia miseravelmente? De fato, não são todas as séries que chegam até o número 3 sem se tornarem cansativas, ou fracassam aqui, ou vem de um outro fracasso. Isso não aconteceu a Metroid Prime 3: Corruption, primeira entrada da série no Wii, e último episódio da trilogia Prime. Prime 3 é a conclusão épica da trilogia Prime, e fecha com chave de ouro a saga da caçadora Samus Aran em um universo infestado de Phazon.


Em diversos momentos, o jogo lembra muito cenas da série de cinema Star Wars
Prime 3 é o mais ousado da trilogia, pois sai muito da temática que recorreu nos outros dois títulos, onde a caçadora se encontra sozinha em algum planeta e tenta salvá-lo de uma maldição mortal.

Em Corruption, Samus é chamada pela Federação, ao lado de outros caçadores, para combater um estranho vírus que vem corrompendo as Unidades Aurora (AU), poderosas máquinas com pensamento próprio que gerenciam determinadas partes da Federação.


No entanto, não são só as AU's que estão com problemas. Alguns planetas da Federação foram invadidos por meteoros feitos de Phazon, e a contaminação desse material altamente radioativo é iminente.
Armada com uma armadura que lhe permite usar Phazon como uma arma a seu favor, Samus parte nessa nova caçada, sofrendo com uma corrupção que está, pouco a pouco, dominando seu corpo.


O primeiro ponto a ser analisado é a forma usada por Prime 3 para se beneficiar dos controles por movimento do Wii. A simples técnica de mirar o controle para o sensor permite uma mira bastante precisa, deixando o estilo de jogo bastante simples e intuitivo. Além disso, o jogo se utiliza dessa mira facilitada para criar alguns quebra-cabeças, e até mesmo deixar alguns combates interessantes.
Não é só o infravermelho, como os controles de movimento também surgem, permitindo alguns curiosos mexer de alavancas e utilização de uma Grapple Lasso para segurar o inimigo e arrancar o escudo ou armadura dele.
Ainda no quesito Gameplay, é interessante mencionar que o jogo tem foco em diferentes planetas, cada qual com remanescentes culturais e cenários muito diferentes. Enquanto isso aumenta a diversidade de inimigos e de quebra-cabeças no geral, também incentiva um pouco a linearidade, que está mais presente aqui, embora não seja predominante.
E, antes de passarmos ao próximo tópico, vale dizer que, pela primeira vez na série, é possível ter um maior controle sobre sua nave, encontrando hangares para que ela possa pousar, dando a ela poder de fogo essencial para se prosseguir na aventura, além de usá-la várias e várias vezes para viajar de um planeta a outro.


Outro ponto a ser analisado são os gráficos do jogo. Apesar de seu visual lembrar bastante as versões anteriores para o GameCube, o jogo tem um brilho maior e melhores texturas, utilizando bem o potencial do Wii. Isso é observado nos cenários gigantescos e lindamente detalhados, como as selvas de Bryyo ou os laboratórios da base dos Piratas, sem falar na modelagem dos muitos inimigos do jogo.
No entanto, o jogo difere um pouco das versões anteriores no quesito dos menus, visto que os mesmos são menos chamativos e não vão ser tão atraentes assim. Isso ocorre porque o sistema de Escaneamento do jogo entrega todas as informações sem a necessidade de se visitar o menu (mesmo que ao toque de um botão, como era nos jogos anteriores).

Agora, um ponto que pode não agradar a todos é a trilha sonora. Infelizmente, a música de Prime 3 é a menos marcante da trilogia, embora possua algumas faixas bem interessantes. No entanto, se comparadas às trilhas anteriores, as faixas deixaram a desejar, embora cumpram bem o seu papel.

Para finalizar, é importante mencionar o quesito dificuldade. Prime 3 não é mais difícil do que Prime 2: Echoes, e também não tem a mesma dificuldade. Se você jogou Prime 2 e achou o título relativamente fácil, é possível dizer que Prime 3 será uma caminhada no parque. Isso não vale apenas para as batalhas, vale também para os quebra-cabeças. No entanto, é preciso mencionar que algumas batalhas podem ser bem difíceis, especialmente para aqueles que não estão muito familiarizados com os controles por movimento, mas nada que chegue ao preocupante ou frustrante.


Em conclusão, Prime 3, apesar de cometer algumas falhas técnicas leves, ainda se mostra digno de ter o nome Prime e fecha com chave de ouro a trilogia criada pela Retro Studios.
Uma das caçadas mais eletrizantes de Samus Aran, que começou em Tallon IV e foi até essa caçada a Phazon, termina de forma espetacular.

Ficha:
Gráficos: 10.0/10.0
Efeitos Sonoros: 10.0/10.0
Trilha sonora: 8.0/10.0
Controles: 9.0/10.0
Nota geral: 9,25

Originalidade: 80%

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